Forças Armadas e Policiais podem virar o JOGO no último minuto? Militantes do PT agem
como de forma desesperada. Aécio precisa ser mais direto.
Ontem 23/10, em frente a Estação
das Barcas em Niterói, o cenário era de guerra. Mas não havia quebra-quebra, chutes
e empurrões. A guerra era ideológica, pela atenção do eleitor. Percebemos que
os militantes do PT estavam em franca vantagem. Eles parecem realmente lutar
pelas suas próprias vidas. Enquanto uma potente caixa de som tocava um forró em
exaltação aos feitos de Dilma, que segundo a letra tirou 60 milhões da miséria
com o bolsa família, pelo menos duas dezenas de militantes disputavam a multidão
que saia das barcas. A militância eram comandada por uma senhora, quase da
idade de Dilma e com um vestido vermelho. Em meio à multidão havia apenas dois
ou três militantes do PSDB, distribuíam bottons e panfletos para aqueles poucos
que conseguiam escapar do pelotão do Partido dos Trabalhadores.
Se alguns dizem que o eleitorado já
decidiu em quem votar essa afirmação não parece servir para os militantes do
PT, eles continuam em busca de mais votos para Dilma Roussef. Cada vez mais as
esquinas estão lotadas de bandeiras brancas com a inscrição, Dilma Roussef – 13.
Os doze anos de PT e a dominação
quase completa do aparelho estatal fazem qualquer um que se oponha a Lula ou
Dilma parecer politicamente incorreto. As eleições presidenciais de 2014 sem
sombra de dúvida são as mais fáceis de se obter uma vitória contra o Partido
dos Trabalhadores, mas se continuar do jeito que está há a=grande possibilidade
do PT continuar no poder. E pior do que isso. Pode vir por aí uma nova “era
Lula”.
Fernando Henrique Cardoso tem que
sair “da toca” e ir para as ruas, assim como Lula está fazendo.
Os partidos de oposição, em
especial o PSDB, não aprenderam ainda a se dirigir ao povo. Ontem na propaganda
eleitoral Aécio dizia: Vou “privilegiar os funcionários de carreira na
Petrobrás”. Por que ele não diz: Para
acabar com a roubalheira vou proibir que os cargos de diretoria das estatais
sejam preenchidos por pessoas indicadas por partidos políticos. É preciso
deixar de falar somente nas entrelinhas, é preciso acabar com os implícitos, é necessário
mudar de estratégia, virar para o eleitor e falar o que ele precisa ouvir.
Outro exemplo interessante: Aécio
disse que em países amigos de Dilma acontece do presidente determinar quem deve
ser investigado. Aécio disse: “... isso pode funcionar em países amigos do seu
governo”. É verdade que há uma parcela gigantesca da sociedade que abomina a
adoração que Dilma tem por governos autoritários, como Cuba, China e Venezuela.
Portanto, Aécio deveria ser mais direto. Poderia dizer: Abominamos qualquer tipo de autoritarismo e não compactuaremos com a
maneira de governar de países como Cuba e Venezuela.
Em relação aos militares o candidato
Aécio não teve coragem de se posicionar claramente. São pelo menos cinco
milhões de pessoas ligadas aos militares das Forças Armadas. O tucano falou que
assumiria pessoalmente a segurança pública, entre outras coisas falou: “fortalecendo
as forças armadas também abandonadas...” . Ok, ótima intenção. Mas a
palavra “fortalecendo” é algo muito vago. A sociedade militar precisa de algo
mais direto, um compromisso com a principal demanda do quotidiano, armas
melhores não garantem o prato de comida na mesa da família do soldado, do
sargento. Eles querem ouvir que haverá equiparação salarial com as outras
carreiras de estado. Se Aécio fosse mais direto garantiria só nessa questão uma
quantidade significativa de apoios, que na situação atual, em que o pleito deve
ser decidido por uma diferença menor que 5 milhões de votos, seriam decisivos.
A PEC 300 seria outra arma a ser
usada pelo PSDB, mas o partido ainda finge que não sabe do assunto. Aécio não
pode dizer que não foi avisado. A editoria de Sociedade Militar enviou e-mail
solicitando isso em seu programa. No Rio o deputado ITAGIBA também fez essa
solicitação. Segundo Ivone Luzardo a quantidade de pessoas ligadas à segurança
pública no Brasil chega a 10 milhões. A PEC 300 foi enterrada pelo PT e é
assunto que poderia congregar em torno de um candidato, de uma vez só, uma
quantidade enorme de pessoas. Se Aécio disser que vai colocar a PEC em votação
e incluir na mesma os militares das Forças Armadas, dando a todos os membros da
segurança pública do país as mesmas condições salariais ele instantaneamente deverá
dar um salto em número de votos. Por que não usou isso? Bastam algumas palavras
no próximo debate.
Há tempo ainda de mudar de
estratégia
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