O ministério da Defesa informou ontem (19/03)
que: “Militares e servidores civis da Marinha, do Exército e da Força Aérea já
podem contar com importante incentivo de estudo: 517 bolsas de intercâmbio no
exterior pelo Programa Ciência sem Fronteiras. Uma cerimônia realizada nesta
terça-feira, no Ministério da Defesa (MD), marcou o início da parceria entre a
pasta e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A iniciativa foi celebrada pelo secretário de Pessoal,
Ensino, Saúde e Desporto do MD, Julio Saboya de Araujo Jorge. De acordo com
Saboya, a parceria celebrada hoje é uma solução bem-vinda que trará proveito
não só às Forças Armadas, mas ao Brasil. “Quando investimos em educação,
estamos preparando o país para o futuro”, sentenciou.
O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, endossou as palavras
do secretário do MD e enfatizou “a missão fantástica” que as Forças Armadas
desempenham na área de educação. Segundo ele, o objetivo do programa é utilizar
a ciência e a tecnologia para o bem da sociedade.
Glaucius Oliva agradeceu, também, o “engajamento” da Defesa no processo de
desenvolvimento da proposta de participação das Forças no “Ciência sem
Fronteiras” e explicou a diferença entre os bolsistas militares e os demais. De
acordo com o presidente, como já há todo um trâmite legal para manutenção de
oficiais e praças no exterior, a bolsa do CNPq, para eles, não prevê o
pagamento de mensalidade.
“Temos uma dívida histórica com as Forças Armadas, principalmente com a
Marinha, uma vez que o idealizador do Conselho foi o almirante Álvaro Alberto”,
afirmou Oliva. O CNPq, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação, foi criado pela lei nº 1310, de janeiro de 1951.
Programa - Instituído no final de 2011, o Programa Ciência sem Fronteiras é fruto da
cooperação entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da
Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento, o CNPq e
a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A ação tem por objetivo promover a consolidação, expansão e
internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade
brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.
Ele prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover
intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no
exterior. Já foram concedidas cerca de 20 mil bolsas. O “Ciência sem
Fronteiras” busca, ainda, atrair pesquisadores estrangeiros que queiram
fixar-se no Brasil ou estabelecer parcerias com estudiosos brasileiros nas
áreas prioritárias definidas no programa, como engenharias, ciências exatas,
nano e biotecnologia, petróleo e gás, entre outras.
No caso das bolsas para os militares e servidores civis das
Forças Armadas, haverá possibilidade de participação nas seguintes modalidades
do programa: graduação e doutorado sanduíche, doutorado pleno, pós-doutorado e
desenvolvimento tecnológico e inovação.
http://sociedademilitar.com
Dados de Min.da Defesa.
Um comentário:
Essas bolsas são somente para Oficiais. Nós praças temos direito somente de trabalhar. Para ser Sargento da Marinha somente eu e meus companheiros de farda sabemos o sacrifício e o malabarismo que fazíamos, dando quarto de 00:00h às 04:00h, quando estávamos de serviço, para frequantar o curso do ensino médio (antigo 2º grau). Isso quando éramos liberados para frequentar as aulas. Sem contar os dias de comissão (viagens) que tínhamos que cumprir. E alguns Oficiais ainda diziam que a Marinha nos pagava para trabalhar, não para estudar. Me lembro que em 1992, eu e um Oficial, passamos no vestibular para o curso de Meteorlogia (MINHA COLOCAÇÃO FOI BEM MELHOR DO QUE A DELE). Algumas aulas, às terças e quinta, começavam às 16:00h. Na época quase fui preso quando solicitei liçenca para sair mais cedo nestes dias. Não tive outra alternativa, cancelei minha matricula. O Oficial, além de ter uma viatura para deixá-lo na faculdade,saia todos os dias ao meio dia e não dava serviço.
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