28 de fevereiro de 2014

Revista Inglesa “The Economist” critica duramente Nicolás Maduro. What´s gone wrong with democracy


Há alguns dias o secretario de estado norte-americano criticou Nicolás Maduro, ontem dois senadores apresentaram propostas de sanções à Venezuela e o representante peruano na OEA deu declarações aconselhando Maduro a recuar em relação à repressão violenta que tem imposto aos manifestantes. Esses são claros sinai de que depois da deposição do líder na Ucrânia as atenções poderão se voltar para a questão Venezuelana.

No início da semana os manifestantes de oposição pareciam ter esmorecido um pouco, a repressão foi muito grande. Porém, na quinta percebeu-se que chega um novo fôlego aos manifestantes, talvez as notícias que chegam do exterior aticem a chama da liberdade. A interação nas redes sociais voltou a subir (veja o gráfico). Sem apoio da comunidade internacional, no mundo globalizado que hoje vivemos, é praticamente impossível para qualquer força de oposição conseguir um acordo com um governo como o da Venezuela. E é trabalhando nisso que grande parte dos estudantes Venezuelanos - quando não estão nas ruas - passa o tempo. Entre outras ações virtuais, eles criam abaixo-assinados no site da Casa Branca dos EUA e inserem comentários em grandes jornais de todo o planeta, tentando atrair a atenção do mundo para as atrocidades cometidas em seu país.


Hoje pela manhã a maior revista europeia que trata sobre questões políticas e econômicas, The economist, atendeu ao chamado dos venezuelanos. A chamada de capa é: What´s gone wrong with democracy.

Na edição de hoje a editoria fez duras críticas à maneira como Maduro conduz a crise em seu país. Segundo a revista o caminho autoritário que o presidente tem escolhido não poderá salvar o seu governo.

Segundo The Economist a Venezuela vive dias difíceis, sob o jugo de um governo que combina um mandato democrático com banditismo, e uma oposição, agredida violentamente, que está cada vez mais radicalizada. Embora alguns tentes traçar paralelos entre Ucrânia e Venezuela a revista tenta afastar isso dizendo: Os paralelos entre Venezuela e Ucrânia não são exatos: as fraturas na Venezuela são amplamente baseadas em divisão de classes, na Ucrânia, em parte, a geografia e história. Mas as duas crises são similares em uma espiral de protesto e respostas violentas por parte do governo.
Anos de má gestão da economia rica em petróleo, primeiro por Hugo Chávez e, ultimamente, por Nicolás Maduro, seu sucessor, levaram o país ao limite.A Venezuela está sentada sobre as maiores reservas de petróleo do mundo, mas com sua politica e economia desorganizada assusta o investimento externo necessário para explorá-los. Grande parte de sua receita de petróleo tem sido sugada pela corrupção, ou desviada para programas assistencialistas eleitoreiros e insustentáveis, aliados do governo são subsidiados, especialmente Cuba. O setor privado é tratado como se fosse uma força hostil. Bens básicos, como óleo de cozinha e papel higiênico, são escassos.

http://sociedademilitar.com.br

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