Sargento Feliciano.
O “Cara da ponte” está de volta, e
lança livro na Amazon books.
Ele é um Jumper? Um
aventureiro radical? Ou apenas um idealista corajoso?
Ninguém sabe ainda. Só
sabemos que o cara não desiste nunca.
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O sargento Vinícius
acredita que realizando ações extremamente radicais pode levar a
sociedade a discutir a situação salarial dos militares das forças
armadas. O Sargento lançou um livro essa semana, está disponível
na livraria online amazon.com. Que coisa paradoxal! Poucos
aventureiros escrevem livros! O nome da obra é “Dez dias preso comigo mesmo – Um livro para todos e para ninguém.” Muita
gente seria capaz de apostar que ele escreveu aquilo tudo enquanto
cumpria mesmo algum tipo de punição. Será que ele fez algo grave e
foi preso? A capa mostra o autor dentro de uma cela.
Contudo, a obra pode também ser um livro de ficção. Fica a dúvida.
Ele ousou publicar um
turbilhão de ideias bem conectadas sem sequer realizar uma revisão.
E deu certo! Lemos o texto todo em uma só pegada. O sargento mostrou
que não é um aventureiro sem base teórica. Ele conta o que o
motivou a saltar da ponte Rio x Niterói, contando detalhes do
episódio e o que pretendia com o ato. De maneira natural ele também
fala sobre a situação salarial dos militares, sobre o amor que têm
à caserna, sobre uma espécie de totalitarismo crescente que assola
o Brasil e dá até algumas fórmulas para emagrecer. No livro ele
discorre com naturalidade sobre autores como Gunther e William
Gibson. Feliciano, além militar, além de historiador e guerreiro de
selva, é instrutor de educação física do Exército brasileiro.
Alguém quer treinar com
ele?
Veja a orelha de “Dez
dias preso comigo mesmo”. “... Vagando de um
lado para outro no mundo das ideias alcançou pelo menos um objetivo.
Acelerar o tempo. Dez dias é um pequeno período em uma rotina
normal, mas dez dias mergulhado em sua própria consciência podem se
tornar longos dias de reflexões extraordinárias a seu próprio
respeito. Milhares de pensamentos podem passar pela mente em um
minuto, mas uma caneta só pode registrar uma pequena parte deles e
ainda assim com muita deficiência. Infância, adolescência, escola,
trabalho, viagens físicas e viagens mentais, loucuras, sonhos,
desejos, medos, segredos nas entrelinhas, protestos velados, piadas e
coisas sérias, planos e futuros, ideias e mais ideias, erros e
muitos erros, filosofia e pensamentos. O que deu para escrever foi
escrito, e noventa por cento do tempo acordado foi passado
escrevendo. Talvez seja melhor fazer malfeito que não
fazer nada. Por isso este livro vai puro, sem revisões, com todos os
erros gramaticais originais, pois se for esperar revisar até ficar
bom, nunca será publicado. O subtítulo “Um livro para todos e
para ninguém” não é apenas uma cópia de Nietzsche.”
Nunca duvide de um cara
como Vinícius Feliciano.
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