18 de junho de 2014

A Globo e o Brasil. Mudança de postura?


Uma reportagem da Revista The Economist alerta para o perigo de se ter uma empresa das dimensões da Rede Globo de Televisão. Segundo a revista, a Globo tem todos os dias uma audiência de mais de 50% da população brasileira. Quando a GLOBO publicou a alguns meses uma nota de repúdio ao Golpe Militar de 1964 certamente o fez sabendo que, ao pedir desculpas pelo apoio que a rede de TV deu aos militares, estaria manipulando as mentes de milhões de brasileiros para acreditar que políticos como Dilma Roussef e José Genoino realmente lutavam por democracia. Nada na Globo acontece por acaso. A rede, com o poderia que tem, é capaz de levantar e derrubar qualquer político brasileiro ao simplesmente citar ou omitir seus nome.
O concorrente mais poderoso da rede Globo é a TV Record, tem uma quota de audiência de apenas cerca de 13%. A rede de transmissão mais popular da América, CBS, tem uma mera quota de 12% de público durante o horário nobre, e seus principais concorrentes têm em torno de 8%. A Globo tem em média 60% no horário nobre. Isso é algo incrível, ao mesmo tempo que perigoso. É muito poder nas mãos de uma só empresa.

Essa semana a esquerda caiu de pau em cima dos telejornais globais, para eles a rede de TV não deveria ter mostrado a vaia e xingamentos contra a Presidente Dilma Roussef. A GLOBO não fez isso por acaso, a empresa tem sido fortemente atacada nas redes sociais, acusada de proteger o governo atual em seus telejornais. Talvez a aparente mudança de postura, e transmissão da vaia, tenha sido uma tentativa de fazer as pazes com a sociedade de direita, que defende o que os militares fizeram em 1964 na mesma proporção em que se opõe à Dilma Roussef.
Mas a rede de TV está entre a cruz e a espada. Após o episódio da vaia a esquerda passa a citar, quase em tom de ameaça, que na Argentina o Governo esta reduzindo o grupo Clárin para o máximo de 35% de audiência.
A Globo sabe que no Brasil o uso da internet tem aumentado muito, os brasileiros passaram em média, em abril de 2014, cerca de 12,5 horas por semana só nas redes sociais. Grande parte desses internautas está em busca de notícias sem nenhum tipo de manipulação. São pessoas que não confiam mais nos telejornais, eles associaram as grandes verbas de imprensa gastas pelo governo com as noticias que amenizam as falcatruas. Eles consultam varias fontes e querem chegar a uma própria conclusão, geralmente diferente das formatadas por  comentaristas globais como Mirian Leitão e Rodrigo Pimentel, e isso significa uma ameaça concreta para o estamento Global.
A globo faturou em publicidade, no ano de 2013, mais de 6 bilhões de dólares.
No Brasil de hoje há dois grandes empresários da publicidade, Globo e Google. E há grande tendência de que o segundo cresça cada vez mais.

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