19 de novembro de 2014

Bolsonaros encurralados? Todas as evidências indicam que Partido Progressista é cúmplice do PT no PETROLÃO.


Para os investigadores da operação Lava Jato, o depoimento mais importante dos prestados pelos executivos de empresas é o do vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Mendes. Ele admitiu que pagou R$ 8 milhões em quatro parcelas, entre julho e setembro de 2011, após, segundo ele, sofrer extorsão para que não houvesse rompimento de contratos com a petrolífera brasileira.

Os investigadores tem cada vez mais reforçada a suspeita de que os desvios tinham como destino o caixa 2 de partidos da base aliada do governo, especialmente PT, PMDB e PP.

Recentemente o deputado Jair Bolsonaro apresentou seu nome à executiva de seu partido, o PP, para que fosse endossada sua candidatura para Presidente da República. O PP, em decisão polêmica, não aceitou, e resolveu permanecer aliado do Partido dos Trabalhadores nas eleições passadas. A decisão gerou bastante discussão entre a executiva nacional e membros do partido.

Jair Bolsonaro permaneceu como candidato a Deputado Federal, sendo o mais votado do Rio de Janeiro. Só a quantidade de votos que recebeu no Rio o colocaria na sexta posição na disputa presidencial. Outrossim, Jair Bolsonaro receberia votação expressiva em outros estados da federação. Entendemos que se o PP endossasse sua candidatura, Bolsonaro receberia cerca de 5 milhões de votos, e ficaria em quarto lugar na disputa eleitoral, bem a frente de Luciana Genro.

Flavio Bolsonaro, também do Rio de Janeiro, foi candidato a deputado estadual pelo PP. Foi eleito com pouco mais de 160 mil votos.

Os dois políticos acima citados são críticos ferozes do Partido dos Trabalhadores. Se já não cabiam mais na base aliada do governo há algum tempo, imaginamos que agora sua situação fica mais complicada ainda. Seus eleitores são, antes de tudo, definitivamente contra o PT e seu “projeto” para o Brasil. Pra piorar as coisas, Jair Bolsonaro, com sua expressiva votação, acabou arrastando de carona Fernando Jordão, da coligação. Ou seja, mais um para ajudar o PT na consecução de seus planos para o Brasil.

Grande parte dos eleitores de Jair Bolsonaro que freqüentam as páginas da Revista Sociedade Militar deixam claro que está mais do que na hora desses políticos pularem fora do Partido Progressista. Os Bolsonaros fazem parte do grupo selecto que consideramos como bastiões da defesa de pilares fundamentais para a construção de um grande Brasil, que são: liberdade, honestidade, patriotismo, família e meritocracia.

Infelizmente, nesse caso, a legislação eleitoral funciona como um tipo de algema, a mudança de partido só é permitida nos seguintes casos (Resolução 22.610 do TSE):  1) incorporação ou fusão de partido; 2) criação de novo partido; 3) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; e 4) grave discriminação pessoal. 

Por outro lado, para felicidade de seus eleitores e de grande parte da sociedade de direita, conservadores, liberais e/ou anti-esquerda, o deputado Jair Bolsonaro declarou recentemente que pretende concorrer para a presidência do país em 2018. Pelo Partido Progressista, aliado de Dilma e Lula, essa possibilidade é praticamente nula. Como poderia então ser feito?
“Eu pretendo disputar como presidente da República. Se o meu partido não sinalizar para isso, eu vejo para onde eu posso ir. A direita tem cara, tem voto, tem vergonha na cara”

Uma pausa. No final de 2013 estivemos cobrindo um evento realizado no Rio de Janeiro. Foi um congresso do Partido Militar Brasileiro. Bolsonaro estava presente e em sua fala destacou a necessidade da honestidade na política. O Deputado disse ainda, em tom de aconselhamento aos membros do novo partido, que a independência política/financeira que possui, lhe proporciona a oportunidade de perseguir seus objetivos sem nenhum tipo de dívida a pagar com financiadores de campanha, o que chamou de “rabo preso”. Naquele dia passamos a cogitar se o Partido Militar não estava incluído nos planos futuros de Jair Bolsonaro.

O partido militar está ainda por ser regularizado. Mas, em fase adiantada de coletas de assinaturas, a sigla apresenta-se como única opção plausível para os planos já anunciados de Jair Bolsonaro, já que a legislação abre uma “janela” para mudança de partido no caso de este ser recém criado. Acredita-se que acompanhariam Bolsonaro seus filhos e mais alguns políticos. Não há dúvida de que  Augusto Rosa, presidente do PMB e eleito deputado federal por São Paulo também deve mudar de partido assim que o PMB for regularizado.

Outros que muito provavelmente migrariam para o PMB seriam Eduardo Bolsonaro, eleito por São Paulo e o astronauta Marcos Pontes, que teve votação expressiva, mas não foi eleito. Se acertarmos em nossas previsões o PMB deve nascer já como um partido forte, com pelo menos três deputados federais e um estadual. O Partido Militar tem tudo para preencher uma lacuna obvia dentro da política brasileira, um partido realmente de oposição contra tudo o que de mau tem sido feto contra o Brasil.

O país vive um momento complicado. A direita tem comparecido às ruas para exigir a apuração dos recentes casos de corrupção e já aproxima-se o fim do ano, época em que os ânimos se esfriam um pouco. Acreditamos que logo no início do ano que vem alguma notícia interessante nesse sentido deve ser veiculada, pois sabemos que o Partido Militar precisa adiantar seu processo de coletas de apoiamentos para que possa participar das eleições de 2016, e nada melhor para isso do que o empenho de grandes nomes da política, como os citados acima.
Robson A.D. Silva – Revista Sociedade Militar.


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