“Prezados. Nessa madrugada fria de quarta, em São Paulo passamos de
propósito na frente do quartel do EB no Ibirapuera, não estranhamos a presença
de algumas barracas no canteiro central. __Por que será que o exército não
retira essa gente? São sem teto de direita? Perguntou um amigo. Sorri. Mas permaneci
calado. Como estava nas imediações passei por ali de propósito. Queria ver de
perto o que está acontecendo por lá. Realmente há um grupo de pessoas acampado.
Creio que nas barracas cabem umas 10 ou 12 pessoas. Como parecia que estavam
todos dormindo não parei o carro. ”
Recebemos o texto acima por
e-mail. De um militar da marinha que acompanha a Revista Sociedade militar e,
passando por São Paulo, resolveu conferir se o acampamento intervencionista estava
ainda montado em frente ao Comando Militar do Sudeste.
O comandante da unidade não
fala nada sobre o assunto, alguns militares questionados dizem que “esse pessoal fica aí dia e noite”. Contudo,
ainda que militares evitem falar sobre o assunto, a verdade é que o número de
intervencionistas “praticantes” parece aumentar aos poucos em frente ao Comando
Militar do Sudeste.
Quem achava que iam desistir
rapidamente se enganou. Pelo que as lideranças falam, há intenção de ocupar
também a frente de quartéis da Marinha e Aeronáutica.
Militares da reserva e ativa
ao longo dos últimos meses tem declarado que não há possibilidade de acontecer
essa intervenção militar. Contudo, entre os textos divulgados pelo Clube
Militar há alguns que claramente fazem apologia a essa ação.
Mensagem recente do General
Paulo Chagas, que possui bastante status entre políticos de oposição, parece
ter dado certa injeção de ânimo nos intervencionistas. O general disse: “.. há vários meios possíveis,
com suas vantagens e desvantagens, e só a evolução das circunstâncias dirá qual
delas se configurará como a mais oportuna, apropriada e eficaz.”
A mídia prefere permanecer
calada, não tocam no assunto. Certamente jornalistas têm medo de inchar a
manifestação caso a mesma seja divulgada. Os intervencionistas divergem no que
diz respeito a manifestação marcada para o próximo dia 16. Alguns grupos dizem
que não irão ao evento por que não acreditam no impeachment. Outros vão, mas
com camisas militares.
Revista Sociedade Militar
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