É comum que Militares
de operações especiais das Forças Armadas realizem treinamentos, palestras e
outros tipos de interação com militares do BOPE do Rio de Janeiro. Eles atuam
juntos também na prática, em operações como as que ocorreram na pacificação de
complexos de favelas no Rio.
O fato de
ser revelado um esquema de corrupção e fornecimento de informações para os
traficantes do Rio deixa não só a população e policiais assustados, mas também
militares das Forças Armadas, na medida em que podem ter sido fornecidas
informações importantes, que em mãos erradas, colocam a vida dos militares em
risco.
Reportagem
de VEJA revelou que Gravações telefônicas feitas com autorização revelaram um
grande esquema realizado entre o terceiro comando e um membro do BOPE, o que fazia com que informações privilegiadas
chegassem com antecedência até os criminosos, colocando policiais e até membros
das Forças Armadas em sério risco.
Segundo a VEJA, Arlen Silva, terceiro-sargento proporcionou ao grupo de criminosos um canal privilegiado para obter informações sobre eventuais operações e para adquirir armas e munição, bem como uniformes militares de combate.
Segundo a
VEJA, as conversas gravadas revelam que há outros policiais no esquema.
"Fala com ele que eu vou dar o negócio ($$)
e do amigo dele (policial de outra equipe do Bat. Oper. Especiais) na mão
dele", diz Ronaldinho na conversa.
As
investigações indicam que pelo menos cinco favelas do TCP faziam parte do
esquema, que rendia até 12.500 reais por plantão: Maré, Morro do Dendê (Ilha do
Governador), Favela de Acari, Morro da Serrinha (Madureira) e Vila Aliança
(Bangu).
Semanas após
a negociação de dois fuzis, o intermediário Leitão descobriu que suas conversas
telefônicas estavam sendo monitoradas pela Polícia Civil. Preocupado, ele
tentou avisar ao sargento do Bope, que ignorou: "Tranquilo. Hoje eu pego
dobrado um dinheiro, né?!".
Revista Sociedade
Militar
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