23 de agosto de 2015

Políticos e articulistas esquerdistas esperneiam muito e dizem que é a “segunda cassação de Jango”


 Rodrigo Rollemberg, na quarta-feira, 19, declarou nula a cessão de um terreno no Eixo Monumental para a construção do Memorial da “Liberdade e Democracia”, que seria dedicado ao presidente João Goulart.
O projeto foi desenhado pelo socialista Oscar Niemeyer e parecia caminhar a todo vapor, até trombar numa muralha, formada pelos ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda e pelo empreiteiro Paulo Octávio Pereira.
Mesmo com um abaixo-assinado de 45 senadores que corre pelo Senado Federal contra a ‘segunda cassação’ de João Goulart a obra parou por conta de posicionamento de militares do Exército Brasileiro.
O governador de Brasília não ousa enfrentar as pressões de militares, cujos nomes ele não tem coragem de revelar. Dias atrás, a senadora Vanessa Graziottin, do Partido Comunista, teve a prova disso pela boca do próprio general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, comandante do Exército.
O comandante disse, sobre a obra: 
“Este memorial não pode ser construído ao lado do Quartel-General. Isso é uma afronta ao Exército!”
A senadora Vanessa Graziottin havia ido ao local e lá encontrou o general, no Eixo Monumental, num espaço entre a Praça do Cruzeiro e o Memorial JK.
A senadora acha um exagero a “proibição” e reclama, pois o terreno fica a um quilômetro de distância, em linha reta, do QG do Exército onde trabalha o comandante Villas Boas e sua tropa.
Ha alguns anos, pouco antes de deixar o Ministério da Defesa, o então ministro Amorim explicou ao decepcionado filho do falecido Jango, João Vicente Goulart, a razão da intriga militar contra a construção do memorial:
— Esta seta já provocou alguns problemas. Ela está apontada para o QG e seria melhor colocar do outro lado da avenida — apontou o ministro Amorim.
O monumento contém em seu projeto uma cunha vermelha, com a ostensiva inscrição do ano de 1964, exactamente na cúpula branca da construção ondulada, que possuirá cerca de 1.200 metros quadrados.
Para o Exército, a seta com a inscrição 1964, ideia de Oscar Niemeyer, seria uma clara alusão à foice e ao martelo. E, pior do que isso, o terreno foi cedido em 1988 aos pracinhas, para a construção do “Memorial dos Heróis da Pátria”. Mas, o projeto não foi concretizado, obviamente pelo facto do país não valorizar como deveria seus heróis.
Em março desse ano o grupo Pioneiros de Brasília ameaçou se manifestar no local e até derrubar os tapumes. O presidente da entidade, Rossevelt Dias Beltrão garantiu que seu grupo ia se opor. “Se o Lula quer chamar o exército do MST para ir contra aqueles que não gostam do seu partido, chamaremos o próprio exército para ir contra essa afronta aos pracinhas“, disse. “Não vamos deixar construir”, sentenciou. 
Sociedade Militar



Original/Completo em http://www.sociedademilitar.com.br/wp/2015/08/comandante-do-exercito-se-posiciona-contra-memorial-a-jango-e-obra-nao-sai-do-papel.html

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