Intervenção militar. O que será isso para o BRASIL?
Sabemos o que estamos pedindo?
Acredito realmente que o governo brasileiro é cada vez mais autoritário, que tem se aliado a gente má, de mau caráter, como Fidel Castro e Nicolás Maduro, e que se não for impedido pode mesmo jogar o Brasil no caos, social, moral, econômico etc.
No dia 22 de março próximo acredita-se que alguns milhares de pessoas marcharão em algumas capitais em memória da Marcha da Família com Deus, que antecedeu a intervenção militar de 31 de março de 1964, finalmente a sociedade esclarecida está se mobilizando. O movimento é benéfico, virtuoso, no sentido de que pode declarar ao mundo que a democracia brasileira fracassou de tal maneira que uma quantidade gigantesca de pessoas prefere um tipo de “RESET” no Brasil, um começar de novo. Em meio ao movimento há aqueles que desejam que algum dos Poderes, conforme prescreve a CF1988, convoque as Forças Armadas pra intervir, fechando o Congresso e destituindo a Presidente atual. Diz-se que uma famosa âncora de telejornal apóia a marcha, mas ela não fala em intervenção militar.
Será que essas pessoas que pedem uma Intervenção Militar sabem mesmo o que estão pedindo? Como seria essa “intervenção”, seria realizada legalmente, baseada em acusações formais contra membros do governo, como a Presidente e o Vice-presidente? Os militares conseguiriam intervir sem disparar um único tiro, ou o sangue de nossos compatriotas - de esquerda ou de direita - mas também brasileiros, seria derramado em nossa própria terra?
Sabe-se que as coisas chegaram ao nível em que estão, de uma forma gradual, por conta de nossa passividade. Ao longo desses anos permanecemos quietos em nossas casas, gozando de nosso conforto, merecido é verdade. Contudo, se houvêssemos nos mobilizado para que o país não fosse dominado pelas mesmas pessoas que tentaram destruí-lo no passado, não estaríamos agora discutindo uma questão tão grave. Creio que a maioria aqui concorda que permanecemos numa espécie de letargia enquanto os inimigos da liberdade agiam com todo vapor.
Imaginemos que o Supremo Tribunal Federal chegue a conclusão que os manifestantes do dia 22 de março têm razão, e convoque as Forças Armadas para intervir, fechando o Congresso e prendendo a Presidente, conforme essas pessoas solicitam. O que virá a seguir? Serão tempos de paz?
Sem entrar em muitos detalhes, abaixo há uma visão panorâmica apenas dos primeiros dias após a intervenção.
Uma tropa do Exército cercaria silenciosamente o palácio do Planalto e prenderia e Presidente Dilma, seria mantida em prisão domiciliar até que fosse julgada. Alguém avisaria a imprensa e a notícia se espalharia pela internet como um rastilho de pólvora.
Instantaneamente a Força Nacional será acionada pelo Poder Legislativo, essa força cercaria o Congresso rapidamente e tentariam impedir que os militares federais assumissem o controle da instituição. Alguns estados que possuem governos fieis ao governo federal, como a Bahia por exemplo, acionarão suas polícias militares e estas serão colocadas de prontidão, guardando as instituições públicas, como palácio do governo e Assembleias Legislativas. Alguns comandantes de quartéis de polícia hesitarão, bem como alguns oficiais de menor patente, e certamente haverá quebra de hierarquia em várias instituições pelo Brasil afora. As associações de policiais também escolherão um ou outro lado e certamente haverá muita confusão entre oficiais e praças. Sindicatos fieis ao governo paralisarão meios de transporte, refinarias e sistemas de comunicação, e os militares não teriam gente suficiente para suprir essas lacunas nos primeiros dias do caos.
O Movimento dos Sem Terra, Sem Teto, CUT e partidos radicais como o PSTU, fieis ao governo, se levantarão e colocarão em prática suas táticas de guerrilha urbana há muito estudadas no manual de Mariguella e outros similares. Estudantes das universidades federais filiados aos Diretórios estudantis se aliarão a estes militantes de esquerda e marcharão nas grandes cidades, promovendo vandalismo e quebradeira.
As forças armadas reprimirão as manifestações, mas como certamente haverá policiais e agentes de segurança ainda fieis ao governo em meio aos insatisfeitos haveria mortes de ambos os lados. É quase certo que o Brasil enfrentaria um período de caos generalizado, talvez por muitos meses. Centenas, talvez milhares de pessoas morreriam nos primeiros embates entre forças armadas e aliados do governo destituído. Os manifestantes recuariam, mas não desistiriam. Se armariam melhor, e melhor organizados e com o apoio de militares desertores e países aliados do governo, como Cuba e Venezuela, reagiriam de forma sistemática, da mesma forma que no passado, se organizariam em grupos paramilitares, usariam até nomes de grupos do passado, como MR8 etc. Com ataques assassinos e ações do gênero essas pessoas espalhariam o terror nas noites das grandes cidades.
Paro por aqui, mas creio que deu pra ver que uma "intervenção" não é algo tão simples assim. Nosso país é enorme, complexo, pluripartidário e repleto de ONGS e Grupos de esquerda apoiados pelo governo federal.
Gente, eu não gostaria de ver milhares de brasileiros mortos em uma guerra civil. Sabemos que já salvamos o Brasil uma vez, indo para as ruas. Podemos sim tentar de novo, mas talvez haja tempo ainda para que isso seja realizado pela via democracia.
Vão mesmo para as ruas, peçam urnas convencionais na manifestação. Carreguem faixas dizendo Fora Dilma, abaixo o PT. Acampem na Avenida Paulista até que se aprove o retorno do voto convencional. Vocês tem muito poder. São pessoas lícitas, dignas e esclarecidas. Creio que as manifestações do dia 22 próximo serão muito válidas para mostrar que a situação está chegando no limite do suportável. Se forem inteligentes poderão salvar o futuro do nosso país.
Você já sabe o que vai pedir no dia 22?
*Robson.A.S - Http://sociedademilitar.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário