Costurar Vaginas foi uma “PERFOMANCE ACADÊMICA”. Dizem professores da
Universidade Federal Fluminense.
No já famoso evento ocorrido no
campus da Universidade Federal Fluminense em Rio as Ostras, no final de maio, dentro
do "II Seminário de Investigação e Criação do Grupo de Pesquisas UFF/CNPq:
Cultura e Cidade Contemporânea: arte, política cultural e resistências", a
“artista” Raissa, em sua “performance” bizarra, introduziu uma bandeira do
Brasil em sua vagina, deixou que costurassem seu órgão genital e depois, não se
sabe como, retirou a bandeira e ateou fogo. Eu e alguns leitores desse site,
que também declararam não entender muito bem a PROFUNDIDADE da coisa (sem
trocadilho), devemos ser uns bitolados, meros idiotas simplórios que não
conseguiram ainda alcançar o nível de esclarecimento suficiente para entender o
evento.
É simples de entender! Dizem. Em Rio
das Ostras ocorrem muitos estupros, então ela veio e costurou a Vagina com a
ajuda de outras meninas também nuas, ou semi-nuas, numa simulação de ritual
macabro e masoquismo. Ah ta, depois disso ninguém estupra mais em Rio das
Ostras! Queimar a bandeira deve também ajudar de alguma forma, devem pensar. Os professores da Universidade até tentaram
explicar, para eles foi uma mostra da autonomia docente e liberdade do
pensamento crítico.
Veja abaixo.
“Nosso curso estuda as diversas manifestações de Cultura e Arte. Por
isso, necessita ter plena liberdade para tratar de assuntos e performances
relacionados aos temas pesquisados, sem constrangimentos. Portanto, o que está
em jogo, de fato, é a autonomia docente e a garantia de plena liberdade de
estudos e pensamento crítico na Universidade Pública. Por esta razão, trazemos
este esclarecimento a público e nos dispomos a dirimir quaisquer dúvidas sobre
os eventos acadêmicos ocorridos no nosso campus”.
Há informações de que pesquisadores
participantes do seminário, tanto de graduação como de pós-graduação, são
bolsistas do CNPq. É pior ou melhor saber disso? Eles recebem dinheiro do estado para realizar
tais eventos? Quem supervisiona isso tudo?
Os professores da UFF tem se
manifestado essa semana contra o que chamam de “possíveis sanções à realização
de trabalhos como o apresentado dentro do ambiente acadêmico”. É compreensível,
eles tem medo da intromissão da sociedade em suas aulas, em seus horários de
trabalho, na liberdade acadêmica como um todo. Não é preciso ter cursado uma
faculdade para concluir que o que aconteceu naquela festa nada tem de
científico, e que a coisa beira ao ridículo. Seria muito mais útil à
preservação da autonomia acadêmica que declarassem em público que a Universidade
vai cuidar de responsabilizar adequadamente alunos e professores que
participaram do evento.
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