ENTREVISTA PARA Revista SOCIEDADE MILITAR - Ronaldo Fontes.
Ronaldo Fontes é cirurgião vascular,
foi da Escola Superior de Guerra e Coordenador do Curso de Estudos em Política
e Estratégia da Associação do Diplomados da Escola Superior de Guerra e
atualmente preside o Instituto Foro do Brasil.
(Biografia completa em: http://www.politicacomconfianca.com.br/conheca/.
Na
mensagem convite para essa entrevista apresentamos a V.S.a o público que
freqüenta o site Revista Sociedade Militar. Como dissemos, mais de 86% das
pessoas que acessam o site e fanpage se define como de direita e 40% desejam
que a família esteja em primeiro lugar nos projetos políticos de seus
representantes (link). Para o nosso público a questão econômica ocupa a
terceira posição nas prioridades.
Há algum tempo, em uma entrevista (link), o senhor disse
que gastamos 90% do tempo pensando na expressão econômica, que é ligada a
taxas e índices. Contudo, as outras expressões, cientifico - tecnológica,
militar, psicossocial e ambiental, que são bastante ligadas à ética, e que
promovem realmente o desenvolvimento, são deixadas de lado. Esse
posicionamento chama a atenção, dado o número acima citado sobre as prioridades
desejáveis para os candidatos.
1 – Levando em consideração o que foi colocado acima, como
seria orientada a sua atuação no Congresso?
Resposta:
Estamos na era do conhecimento. Não é mais possível
realizarmos políticas de Governo, e principalmente de Estado, baseadas em empirismo,
achismo ou mesmo politicagem.
Esta
candidatura não é pessoal, mas representa um grupo de cidadãos muito
qualificados em suas respectivas áreas de conhecimento, civis e militares, que
utilizará um método de planejamento de desenvolvimento regional.
Esse método
revolucionário ouve, e é realizado na prática com a participação da população,
no qual o aplicador do método não interfere nem induz respostas ou faz
comentários. Após alguns meses de discussão , aplicando o método em uma
determinada coletividade com representantes de todos os segmentos, obtemos um
dossiê com as aspirações e necessidades daquela comunidade.
É simples
notarmos, por exemplo, que as necessidades da cidade de Serra Negra são
diferentes das necessidades de São José do Rio Preto. O método premia as
diferenças.
A
administração pública "burra" confecciona receitas para todas as
diferentes regiões, não respeitando suas peculiaridades, e, principalmente não
ouve o povo, seu patrão. Por esse motivo é ilegítima.
Nosso
trabalho como candidato será trabalhar pelo desenvolvimento regional,
independentemente dos partidos políticos.
Um político
deve existir para servir e não se servir.
2 – Atuando em um congresso que inevitavelmente terá
muitos políticos que exercem seus mandatos tendo como principal objetivo a
re-eleição e que temem perder popularidade se afastando do “politicamente
correto”, como o senhor pretende lutar contra decisões populistas e vindas de
“cima pra baixo”, como aconteceu com o programa “mais médicos”?
Resposta: Muitos
atribuem o estado de anomia a que estamos entregues, em grande parte à
população inerme, anestesiada, desinteressada. Eu digo que a população não é
culpada de nada, pois é submetida ao crime sórdido da falta de informação,
dever do Governo e do Estado. A população não conhece o seu verdadeiro inimigo
porque tem o conhecimento negado a ela.
3 – O programa mais médicos parece levar a população a
acreditar que o culpado pelo fracasso na saúde no país, principalmente no
interior, é o profissional da medicina. O que o senhor acha disso?
Resposta: O programa
"mais médicos" foi construído aos moldes dos marxistas: criam a
dificuldade para vender a facilidade da forma que os beneficia. O ex-presidente
Lula, em seu primeiro mandato, envia ao congresso uma medida provisória impedindo
a criação de novas faculdades de medicina, apoiado e endeusado pelos conselhos
e associações médicas. Em seguida, proíbe o aumento do número de vagas nas
faculdades de medicina alegando termos muitos médicos. Foi novamente aplaudido
pela categoria.
Tempos depois faz um acordo com Cuba para validar
diplomas dos estudantes de medicina de Cuba e logo após declara que temos falta
de médicos no Brasil, lançando com Dilma e seu ministro o programa "mais
médicos".
A função de um parlamentar não é ficar enclausurado
em gabinetes e comissões, mas estudar e estar atento às ações de qualquer
instituição que vá contra os interesses da nação e não negue esse conhecimento
à população, trabalhando pela reconquista e manutenção da soberania do país.
4- Militares da reserva, esposas e dependentes realizaram
algumas manifestações pedindo reajuste salarial. Uma delas ocorreu em
Copacabana, e outras em Brasília, mas foram pouco citadas pela imprensa. Nessas
manifestações e em outros momentos, alguns fizeram declarações em que diziam
que o governo federal ignora os militares, se aproveitando do regime
diferenciado a que estes estão submetidos, que inclui o impedimento de habeas
corpus no caso de punições disciplinares e a proibição de realizar greve ou
paralisações de caráter reivindicatório. Outros dizem ainda que a isso se soma
uma espécie de revanchismo, já que vários membros do alto escalão federal nos
últimos anos, inclusive a Presidente, foram sancionados nos anos 70 e 80 pelo
governo então chefiado pelos militares.
Na mesma entrevista citada mais acima o senhor fala sobre
o enfraquecimento das Forças Armadas. Obviamente, esse enfraquecimento inclui o
abatimento moral causado por dívidas e poder aquisitivo cada vez menor. Um
exemplo disso: atualmente um piloto de caça, que tem a responsabilidade de
conduzir uma arma que custa milhões de dólares, com poder de fogo suficiente
para destruir edifícios inteiros, matando centenas ou milhares de pessoas, um
cidadão da mais alta confiança, com capacidade para passar na maioria dos
concursos e frequentemente assediado para ocupar cargos na iniciativa privada,
recebe menos do que um condutor de elevador do Senado.
A recuperação salarial está entre as prioridades para a
família militar, que precisa eleger políticos que compreendam essa necessidade.
Contudo, o processo legislativo, no que diz respeito a reajuste de salários,
não pode ser iniciado por deputados ou senadores, por força do artigo 61 § 1°,
que dá exclusividade ao governo federal para isso.
a) O senhor acredita que os militares federais
têm sido mal assistidos pelo atual governo? Pretende fazer alguma coisa para
reverter essa situação?
Resposta: Qualquer nação soberana,
desenvolvida cultural, política, cientifica e socialmente possui Forças Armadas
capazes de defender seu povo e seu território.
Nossos militares, entre os servidores federais, são
os que recebem os salários mais baixos, o que faz sofrer a família militar. O
material que dispomos é incapaz de nos fornecer a devida segurança para
operações de defesa nacional. Contudo, nossos soldados são considerados entre
os melhores do mundo. Quando não vencem os concursos internacionais, ficam em
segundo, no máximo em terceiro lugar. Por esse motivo, seria muito difícil
forças antagônicas ocuparem militarmente nosso território.
Entretanto, estratégias de guerra irregular - de
quarta e quinta geração - utilizadas contra nosso país estão nos corroendo,
social, materialmente e agora com risco de dividir nosso território através de
reservas.
É óbvio que trabalharei contra tudo isso.
b) O senhor pode explicar como?
A
atividade política é exercida através de acordos e interesses que beneficiam
grupos particulares. São denominadas políticas de Governo. Termos uma Força
Armada forte e com poder de dissuasão faz parte de uma política de Estado, de
interesse comum a todo cidadão. Parte significativa da população não consegue
ainda distinguir essas diferenças.É obrigação dos parlamentares trabalhar em
defesa dos interesses da pátria e consequentemente de seus militares. É
política para um estadista resolver , não um boquirroto. A pressão é a arma
política a ser utilizada.
5 – Vivemos tempos atípicos, embora a imprensa
tradicional pouco mencione isso, o crescimento de fanpages politizadas e sites
conservadores e de direita parecem indicar que a sociedade brasileira está se
reorganizando. Entrevistas com ícones do conservadorismo como Ives Gandra e
Olavo de Carvalho, postadas no Youtube, em poucas semanas alcançam dezenas de
milhares de visualizações.
Em uma de suas propostas (link) o senhor declara que o
governo atual aos poucos impõe um regime totalitário no país. O senhor acha que
o pleito de outubro próximo pode entrar para a história como o início de uma
“reação” advinda da sociedade esclarecida e realmente preocupada com o futuro
do país?
Resposta:
A lei das probabilidades demonstra que
existe sempre um retorno à média. Desde a proclamação da República tivemos
inúmeras intervenções militares no pais, sendo a mais recente a de 1964. O
retorno de antigos terroristas à vida pública do país desvia novamente a curva
de probabilidades para o lado oposto. O tempo geralmente encarrega-se de
acertar isso, com participação dos homens que analisam e utilizam as
oportunidades de um determinado momento histórico para busca do Bem Comum.Nas
próximas eleições acredito estarmos ainda distantes de promover mudanças
substanciais. A mídia ainda possui um forte poder discricionário sobre a
população. Cabe aos cidadãos de bem, ordeiros, detentores de conhecimento,
auxiliar parlamentares honestos e honrados a forjar um tecido social patriótico
que aos poucos dissemine as idéias e esclareça a população sobre os fatos que
decompõem a nação.
6 – Algo a acrescentar?
Resposta: A partir do momento que
você se decide por um trabalho político, esqueça suas aspirações
pessoais, trabalhe em benefício do próximo. Deve tornar-se um facilitador.
Dr. Ronaldo Fontes - Candidato a Deputado Federal pelo PTC - 3663
"O político deve
ser um facilitador"
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