Se a cidade de Kobani foe tomada
pelo grupo Estado Islâmico há grande possibilidade de um grande massacre.
Soldados e cidadãos turcos insistem em participar dos combates em defesa dos
cidadãos de Kobani, mas autoridades da Turquia negam a permissão para que
atravessem a fronteira sem ajuda internacional a cidade fica a mercê do grupo
terrorista mais cruel dos últimos anos.
Um refugiado que conseguiu entrar
na Turquia disse: “nos vimos com nossos
próprios olhos como eles matam crianças, seqüestram mulheres e as vende no
mercado... Que tipo de pessoa faz isso. E eles nos chamam de infiéis, eu quero
que eles nos expliquem o que é um infiel”
Kobani consegui, por mais de dois
anos, ser um pequeno oásis no pesadelo da guerra síria. Controlada pelas
Unidades de Proteção Popular (YPG), a milícia do principal partido curdo da
Síria, a cidade foi poupada ao conflito, acolhendo milhares de refugiados que ali
encontraram refúgio – árabes, curdos, turcomanos. Agora o inferno é ali, à
vista do mundo e dos seus habitantes que, aterrorizados pelo avanço do Estado
Islâmico, se refugiaram na Turquia, mas que continuam a não querer afastar-se
da fronteira na esperança, cada vez mais vã, de que Kobani não será tomada e
eles poderão regressar a casa.
O mundo assiste quieto a escalada
de violência perpetrada pelo Grupo
Estado Islâmico, o mesmo que, segundo a presidente Dilma Roussef, deve ser
tratado como se fosse um estado reconhecido internacionalmente, e não como o
que realmente é, um exército terrorista que assassina pessoas e exibe seus
corpos mutilados para amedrontar os inimigos.
Infelizmente não há indícios que nenhum país vai socorrer a
cidade síria e já devemos nos preparar para as cenas de sadismo e terror que
devem acontecer ali.
O perigo não para por aí, se a
cidade de Kobani cair haverá mais 400 km de fronteira com a Turquia sob o
controle do Estado Islâmico, o que poderá fazer com que a guerra assuma
proporções incontroláveis.
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