23 de outubro de 2014

Forças Armadas e Policiais podem virar o JOGO no último minuto? Militantes do PT agem como de forma desesperada. Aécio precisa ser mais direto.

Forças Armadas e Policiais podem virar o JOGO no último minuto? Militantes do PT agem como de forma desesperada. Aécio precisa ser mais direto.

Ontem 23/10, em frente a Estação das Barcas em Niterói, o cenário era de guerra. Mas não havia quebra-quebra, chutes e empurrões. A guerra era ideológica, pela atenção do eleitor. Percebemos que os militantes do PT estavam em franca vantagem. Eles parecem realmente lutar pelas suas próprias vidas. Enquanto uma potente caixa de som tocava um forró em exaltação aos feitos de Dilma, que segundo a letra tirou 60 milhões da miséria com o bolsa família, pelo menos duas dezenas de militantes disputavam a multidão que saia das barcas. A militância eram comandada por uma senhora, quase da idade de Dilma e com um vestido vermelho. Em meio à multidão havia apenas dois ou três militantes do PSDB, distribuíam bottons e panfletos para aqueles poucos que conseguiam escapar do pelotão do Partido dos Trabalhadores.
Se alguns dizem que o eleitorado já decidiu em quem votar essa afirmação não parece servir para os militantes do PT, eles continuam em busca de mais votos para Dilma Roussef. Cada vez mais as esquinas estão lotadas de bandeiras brancas com a inscrição, Dilma Roussef – 13.
Os doze anos de PT e a dominação quase completa do aparelho estatal fazem qualquer um que se oponha a Lula ou Dilma parecer politicamente incorreto. As eleições presidenciais de 2014 sem sombra de dúvida são as mais fáceis de se obter uma vitória contra o Partido dos Trabalhadores, mas se continuar do jeito que está há a=grande possibilidade do PT continuar no poder. E pior do que isso. Pode vir por aí uma nova “era Lula”.
Fernando Henrique Cardoso tem que sair “da toca” e ir para as ruas, assim como Lula está fazendo.
Os partidos de oposição, em especial o PSDB, não aprenderam ainda a se dirigir ao povo. Ontem na propaganda eleitoral Aécio dizia: Vou “privilegiar os funcionários de carreira na Petrobrás”. Por que ele não diz: Para acabar com a roubalheira vou proibir que os cargos de diretoria das estatais sejam preenchidos por pessoas indicadas por partidos políticos. É preciso deixar de falar somente nas entrelinhas, é preciso acabar com os implícitos, é necessário mudar de estratégia, virar para o eleitor e falar o que ele precisa ouvir.

Outro exemplo interessante: Aécio disse que em países amigos de Dilma acontece do presidente determinar quem deve ser investigado. Aécio disse: “... isso pode funcionar em países amigos do seu governo”. É verdade que há uma parcela gigantesca da sociedade que abomina a adoração que Dilma tem por governos autoritários, como Cuba, China e Venezuela. Portanto, Aécio deveria ser mais direto. Poderia dizer: Abominamos qualquer tipo de autoritarismo e não compactuaremos com a maneira de governar de países como Cuba e Venezuela.
Em relação aos militares o candidato Aécio não teve coragem de se posicionar claramente. São pelo menos cinco milhões de pessoas ligadas aos militares das Forças Armadas. O tucano falou que assumiria pessoalmente a segurança pública, entre outras coisas falou:  “fortalecendo as forças armadas também abandonadas...” . Ok, ótima intenção. Mas a palavra “fortalecendo” é algo muito vago. A sociedade militar precisa de algo mais direto, um compromisso com a principal demanda do quotidiano, armas melhores não garantem o prato de comida na mesa da família do soldado, do sargento. Eles querem ouvir que haverá equiparação salarial com as outras carreiras de estado. Se Aécio fosse mais direto garantiria só nessa questão uma quantidade significativa de apoios, que na situação atual, em que o pleito deve ser decidido por uma diferença menor que 5 milhões de votos, seriam decisivos.
A PEC 300 seria outra arma a ser usada pelo PSDB, mas o partido ainda finge que não sabe do assunto. Aécio não pode dizer que não foi avisado. A editoria de Sociedade Militar enviou e-mail solicitando isso em seu programa. No Rio o deputado ITAGIBA também fez essa solicitação. Segundo Ivone Luzardo a quantidade de pessoas ligadas à segurança pública no Brasil chega a 10 milhões. A PEC 300 foi enterrada pelo PT e é assunto que poderia congregar em torno de um candidato, de uma vez só, uma quantidade enorme de pessoas. Se Aécio disser que vai colocar a PEC em votação e incluir na mesma os militares das Forças Armadas, dando a todos os membros da segurança pública do país as mesmas condições salariais ele instantaneamente deverá dar um salto em número de votos. Por que não usou isso? Bastam algumas palavras no próximo debate.
Há tempo ainda de mudar de estratégia

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