6 de novembro de 2014

Dilma vai trabalhar por MENOS DEMOCRACIA. Diz jornal alemão. Alemanha enxerga com estranheza a simpatia do governo brasileiro pra com terroristas.





No domingo, Dilma Rousseff, foi reeleita como presidente do Brasil. Em seu discurso de abertura da Assembléia Geral da ONU, em setembro, a ex-guerrilheira marxista tinha aconselhado um diálogo com Grupo Estado Islâmico e criticou os ataques militares liderados pelos EUA contra a milícia terrorista mais brutal dos tempos modernos. Quando um avião de passageiros da Malásia foi abatido sobre o leste da Ucrânia a partir de rebeldes pró-russia, em julho, a presidente Dilma permaneceu em silêncio. Após sua reeleição espera-se medidas mais diretas pró-oriente na política externa brasileira.
O principal ideólogo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, também havia apoiado a legitimidade de grupos rebeldes, como o movimento guerrilheiro colombiano Farc. Eles preferem Havana como uma referencia do que Washington. Economicamente o Brasil lidera um alinhamento dos estados de esquerda do bloco do Mercosul, cujos membros lutam há anos para bloquear um acordo de livre comércio com a UE. 
Fora da América do Sul o Brasil coopera com a África e potências como a Rússia e a China. Isso completa a atual postura anti-ocidental da política externa brasileira.
Controlada em uma pequena sala no Gabinete Presidencial brasileiro utilizado por Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PT),  a política externa é usada como ferramenta de campanha na falta de êxitos políticos internos significativos. Diplomatas estrangeiros porém: cerca de vinte embaixadores em Brasília - entre outros, o novo embaixador alemão – esperam meses para tomar posse de suas credenciais.
A presidente escapou por pouco de uma derrota. Menos de 52% dos eleitores confirmaram a fé na atual política brasileira, baseada na ideologia, em vez de no pragmatismo. O discurso político de "Dilma", como é chamada pelos brasileiros, distinguiu-se mais por ataques pessoais, corrupção, falta de soluções para os problemas econômicos. A falta de um programa de política externa indica que não haverá mudanças significativas nessa área.
A presidente vai continuar a curso de seu governo e sinalizou o compromisso brasileiro com as estruturas regionais e com os vizinhos socialistas. Os países orientados para o mercado da Aliança do Pacífico, incluindo Chile, Peru e Colômbia, permanece, assim, fora dos planos dos brasileiros. Além disso, não é de esperar que Brasília promova relações econômicas com os EUA e a União Européia. Isso já indicava a aproximação de Brasília com Moscou, porque as suas relações comerciais têm sido consideravelmente ampliadas pelo crescimento das exportações de carne, milho e soja.
Além da mudança na política econômica, Dilma vai continuar a trabalhar por menos democracia, e mais para a estreita cooperação com os regimes autoritários, como Cuba e Irã. 
Esta configuração é mais uma indicação de que a divisão com o Ocidente é baseada não só na política econômica, mas também é impulsionado por uma dimensão política.

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