Para aqueles que não são
políticos profissionais as campanhas eleitorais se tornam extremamente desgastantes
e desiguais. É notório que esse ano ocorre certo reagrupamento da direita
brasileira. Com isso surgira vários candidatos ligados aos militares e a grupos
anti-esquerda. Temos três generais, vários coronéis e dezenas de sargentos concorrendo
a cargos políticos, isso jamais havia sido registrado.
No ano de 2012, LUIS PITTIMAN, um
dos candidatos eleitos com menor número de votos no Distrito Federal, gastou R$ 1.989.700,05 para obter pouco mais de
51 mil votos. Cada voto custou a ele R$ 38 reais. A candidata menos votada, e eleita, para
deputada distrital foi CELINA LEAO. Ela recebeu 7,7 mil votos tendo investido
R$ 390.000 em sua campanha. Cada voto recebido custou cerca de 50 reais.
Para receber 50 mil votos, um
candidato precisaria convencer, em apenas três meses de campanha, cerca de 555
pessoas por dia. Isso é humanamente impossível para quem vive de salário, e não
tem recursos suficientes para contratar pessoas, contratar automóveis, alugar
prédios para comitês etc.
Notem que é importante também
lutar pelo legislativo estadual, para que em outros pleitos não venha-se
padecer com a falta de estrutura, como ocorre agora.
A candidata Mirian, do Distrito
Federal, faz um desabafo interessante e que serve de alerta para todos que
acham que é hora de mudar. Os nos engajamos nas campanhas de nossos
representantes, ou tudo ficará do mesmo jeito.
A candidata disse que recentemente foi acusada de ter um único defeito, que
seria: “não ter dinheiro pra campanha”.
A não ser que a categoria que
represente realmente resolva se engajar nas campanhas, a batalha está cada vez
mais árdua para aqueles que se colocam na linha de frente na guerra pela
moralização dos legislativos nacional e estadual.
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