17 de agosto de 2014

Candidata reclama da DESIGUALDADE gerada pela questão financeira nas CAMPANHAS. “como pode um candidato gastar 7 milhões !”


Para aqueles que não são políticos profissionais as campanhas eleitorais se tornam extremamente desgastantes e desiguais. É notório que esse ano ocorre certo reagrupamento da direita brasileira. Com isso surgira vários candidatos ligados aos militares e a grupos anti-esquerda. Temos três generais, vários coronéis e dezenas de sargentos concorrendo a cargos políticos, isso jamais havia sido registrado.

Em sua esmagadora maioria esses candidatos são pessoas comuns, apenas acreditam que o legislativo brasileiro deve ser renovado, e se dispuseram a lutar por esse ideal. Mas como fazer isso se grande parte dos candidatos “investem” quantias exorbitantes em suas campanhas, enquanto outros, embora bem preparados e com bons projetos em mãos, não tem mais do que o próprio salário para gastar?
No ano de 2012, LUIS PITTIMAN, um dos candidatos eleitos com menor número de votos no Distrito Federal, gastou R$ 1.989.700,05 para obter pouco mais de 51 mil votos. Cada voto custou a ele R$ 38 reais.  A candidata menos votada, e eleita, para deputada distrital foi CELINA LEAO. Ela recebeu 7,7 mil votos tendo investido R$ 390.000 em sua campanha. Cada voto recebido custou cerca de 50 reais.

Para receber 50 mil votos, um candidato precisaria convencer, em apenas três meses de campanha, cerca de 555 pessoas por dia. Isso é humanamente impossível para quem vive de salário, e não tem recursos suficientes para contratar pessoas, contratar automóveis, alugar prédios para comitês etc.
Notem que é importante também lutar pelo legislativo estadual, para que em outros pleitos não venha-se padecer com a falta de estrutura, como ocorre agora.
A candidata Mirian, do Distrito Federal, faz um desabafo interessante e que serve de alerta para todos que acham que é hora de mudar. Os nos engajamos nas campanhas de nossos representantes, ou tudo ficará do mesmo jeito.
A candidata disse que recentemente foi acusada de ter um único defeito, que seria: “não ter dinheiro pra campanha”.
A não ser que a categoria que represente realmente resolva se engajar nas campanhas, a batalha está cada vez mais árdua para aqueles que se colocam na linha de frente na guerra pela moralização dos legislativos nacional e estadual.


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