30 de julho de 2014

35 anos de serviço para os MILITARES das Forças Armadas. Lenda ou realidade?


Temos recebido um número significativo de questionamentos sobre um suposto pronunciamento da presidente Dilma a ser realizado nos próximos dias. Segundo os leitores, a Presidente deve anunciar que a partir de 2015 os militares terão que cumprir no mínimo 35 anos de carreira e não mais 30, como determinam as normas em vigor.
Notícias publicadas em vários jornais, que se contradizem, parecem ter a intenção de levara a opinião pública contra os militares. Em 2011 nota de capa do Estado de Minas diz que os militares gastam 4 bilhões por ano com pensões, apenas dois anos depois o Correio Brasiliense disse que os militares gastaram 10 bilhões!


Estamos em ano eleitoral e não se acredita que o executivo apresente mais alguma medida polêmica e geradora de insatisfação. Uma alteração desse tipo não pode ser considerada como de caráter emergencial, os estudos encomendados indicam que os militares pagam as próprias pensões e mantém o sistema como nenhuma outra categoria faz.
Notícias a respeito da prorrogação do tempo de serviço ativo são cíclicas e se antes já eram divulgadas rapidamente imagine agora, com a velocidade da internet e redes sociais. No ano passado o jornal O Dia, dado os boatos, em agosto de 2013 chegou a consultar o Ministério da Defesa sobre a existência de tal projeto,a resposta foi negativa. Veja abaixo.

A Medida Provisória Nº 2.215-10, de 31 de Agosto de 2001 transferiu para o próprio militar a responsabilidade de prover os recursos para a sua aposentadoria, mensalmente, importância, ainda que mantido o nome de Pensão Militar, que serve para sua aposentadoria e pagamento de pensão para seus dependentes instituídos. O Estado em nada contribui, as pensões devem ser pagas com o montante recolhido aos cofres pelos próprios militares. Militares servindo por 30 ou por 35 anos contribuem da mesma maneira, já que o valor permanece o mesmo.
Os Militares, que provém recursos para suas próprias aposentadorias e pensões, não são onerosos para a nação, como querem fazer crer seus opositores. 
Em 2013 foi realizado um estudo detalhado que visava determinar o gasto das forças armadas relacionado às pensões. O estudo causou surpresa e alívio. Surpresa para aqueles que insistiam em dizer que as forças armadas eram mais onerosas do que deveriam se na questão da previdência dos militares. O estudo é bastante completo, pode ser cisto aqui, e concluiu que as próprias contribuições dos militares são suficientes para o custeio de suas aposentadorias e pensões.
Para cada pensão existem 4,31 militares ativos e inativos das Forças Armadas. Relembrando, ambos contribuem. Esta proporção se comporta da seguinte forma para cada Força: Marinha do Brasil: 4,09; Exército Brasileiro: 4,09 e Força Aérea Brasileira: 5,36. Esta proporção é favorável ao equilíbrio do sistema quanto maior for o seu valor, pois significa que existem mais contribuintes do que pensões.
Segundo texto de Márnio José Signorelli Teixeira Pinto, oficial da reserva, os recursos descontados de cada militar para fim de Pensão, durante toda a vida, se fossem recolhidos a um Fundo renderiam o suficiente para honrar todos os benefícios – aposentadoria e pensão – até sem a participação de recursos do pouco justo Tesouro Nacional. 
O Tesouro Nacional dispõe dos mesmos por cerca de 52 anos, empregando-os em outros destinos sem contabilizar os rendimentos que seriam justos pelo empréstimo que recebeu e nem fazê-los render para promover a devida auto-sustentação dos benefícios objeto da sua destinação.


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