23 de agosto de 2014

ENZO estaria ACHINCALHANDO Dilma. Site esquerdista mais famoso do país dá uma de alcoviteiro é quer forçar uma intriga entre Exército e Executivo. Por que isso interessa para alguns?


Alcoviteiro atualmente é palavra pouco usada, mas principalmente os mais antigos sabem muito bem o que significa. Mexeriqueiro, intrigante; fofoqueiro e coisas do tipo são alguns sinônimos.


Parece que o 247 assume exactamente essa postura ao publicar artigo de Luis Claudio Cunha que diz que o Exército estaria axincalhandio Dilma. Eles pretendem jogar Dilma contra o exército?
O artigo é intitulado:“DILEMA URGENTE DE DILMA: OU DEMITE O GENERAL OU EXTINGUE A CNV”, que circula rápido pela internet, para deleite dos sites esquerdistas, a essa hora ele já deve ter chegado por umas “enes” fontes diferentes na caixa da presidente Dilma. O autor é Luis Claudio Cunha. O texto, resumindo, diz que Enzo desafia a autoridade de Dilma Roussef e que a envergonha diante da sociedade brasileira.
Para entender melhor isso é bom saber um pouco sobre quem escreveu texto. Cunha é jornalista e há alguns anos fez uma série de reportagens sobre a operação Condor, publicadas na revista Veja. Pelo trabalho recebeu o premio Esso de jornalismo. Em setembro de 2012 o jornalista foi convidado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp e pela advogada Rosa Cardoso para atuar como consultor do grupo de trabalho da Operação Condor. Contudo, Cunha é demitido da CNV apenas alguns meses depois. Segundo ele mesmo, a demissão foi uma espécie de censura. Vejam o que disse Sobre a própria demissão.
No final da manhã desta terça-feira, 2 de julho, fui inesperadamente comunicado de meu afastamento da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Ali atuava como consultor do Grupo de Trabalho da Operação Condor, formalmente convidado desde setembro passado pelo ministro do STJ Gilson Dipp e pela advogada Rosa Cardoso. De repente, contra o voto divergente de Cardoso, fui punido pela decisão irrecorrível de quatro comissários — Paulo Sérgio Pinheiro, José Carlos Dias, Maria Rita Kehl e José Paulo Cavalcanti — pelo suposto delito de opinião. “
Segundo o jornalista, um artigo que escreveu, chamado “A comissão de frente da mentira: quem teme a verdade sobre a ditadura?”, foi a causa da demissão. No texto ele critica o posicionamento de alguns membros do alto escalão da república, para ele estariam prejudicando o trabalho da CNV.
O Brasil descobriu nos últimos dias que a tropa de elite dos altos escalões da República que combate a verdade é mais forte e abusada do que se imaginava. Cerram fileiras ali, entre outros, o Ministro da Defesa, comandantes do Exército e da Marinha e até mesmo um dos sete ilustres membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que deve ser a primeira trincheira de seu resgate perante o país.”
Em meio a varias acusações encontradas uma delas chama a atenção. O jornalista e então membro da CNV reclamava de que o comandante do Regimento de Cavalaria Mecanizada em São Borja tenha se negado a fazer a segurança do túmulo de João Goulart. O tenente-coronel André Alves teria respondido à pedido da prefeitura local, depois de consultar seu superior imediato, General Antônio Miotto, que “a área não é jurisdição das Forças Armadas”, e que por isso a segurança deveria ser feita pela polícia estadual.
No artigo Cunha ironizou essa postura, dizendo: “Estranho seria se fosse. Exércitos não existem para patrulhar cemitérios, embora a História mostre que eles costumem povoá-los com os mortos de guerras ou de golpes de Estado que eles patrocinam”. 
Ora, qualquer um cidadão há de concordar com o General, realmente não cabe a uma força como o exército realizar uma missão desse tipo.
Mas o ranço não acaba aí, Cunha vai mais longe e diz que houve uma espécie de conspiração, um conluio entre os altos escalões do Exército para que não se destacasse três ou quatro soldados para guardar um cemitério.
“uma recusa institucional do Exército...  parece óbvio que a recusa tenha sido acertada dentro da escala de comando. Pela cadeia hierárquica, progressivamente, o general Carlos Bolívar Goellner (comandante Militar do Sul), o general Enzo Martins Peri (comandante do Exército em Brasília) e o chefe de ambos, o embaixador Celso Amorim...”
Sem mais delongas esse retrospecto serve, no meu ponto de vista, para mostrar que não é de hoje que esse cidadão tenta afetar de alguma forma a imagem dos militares brasileiros. Taxando-os de insubordinados e conspiracionistas.
No texto publicado nessa sexta-feira (22 de agosto), Cunha diz que a presidente Dilma acordou estarrecida, e fala como se estivesse lá na manhã de sexta feira. Ele diz que Dilma está num dilema terrível, que deve optar entre o Comandante Enzo e a manutenção da Comissão da Verdade.  Veja.
A presidente Dilma Rousseff acordou estarrecida nesta sexta-feira, 22, como qualquer brasileiro que se respeita.  E diante de um dilema inadiável, indelegável, inquestionável.
O globo publicou na sexta pela manha um artigo chamado “Anos de chumbo: comandante impõe silêncio ao Exército - Unidades da força são obrigadas a não colaborar com as investigações sobre os crimes da ditadura”.
No texto, Chico Otávio comenta sobre a Ordem de Enzo, que determina o que todo comandante já sabe, que em assuntos que podem afetar a força como um todo, as informações devem ser repassadas ao solicitante pelo comando central.
Qualquer um pode entender que em uma instituição tão grande como é o Exército Brasileiro é natural que questões importantes e de grande repercussão sejam tratadas pelo comando maior. Contudo, se você pensa assim, pelo menos para o jornalista Luis Claudio Cunha  você é uma pessoa que não se da ao respeito.
O ofício de Enzo diz: “... A respeito do assunto, informo a esse comando que pedidos/requisições de documentos realizados pelo Poder Executivo, Poder Legislativo, Ministério Público, Defensoria Pública e missivistas que tenham relação ao período de 1964 a 1985 serão respondidos, exclusivamente, por intermédio do gabinete do comandante do Exército".
Cunha vai mais longe ainda e tenta amedrontar Dilma Roussef.
“Cabe a ela, e a mais ninguém, repor a autoridade de seu comando e o prestígio de seu cargo. Se nada fizer, Dilma perderá ambos — a autoridade e o prestígio. Tudo isso em meio a uma brava campanha eleitoral, que não permite hesitações ou fraquezas. À esquerda ou à direita... O general Peri não está zombando apenas da CNV. Está achincalhando a autoridade da comandante-suprema, a presidente da República.”
“Causa perplexidade o Hospital Central do Exército não ter autonomia para entregar ao Ministério Público Federal registros dos prontuários de presos políticos. Trata-se de mais um fato vergonhoso...”
Não, nada disso causa espanto à pessoas sensatas. Os militares do exército, assim como das outras duas forças, falam todos a “mesma língua”. O ofício é de três meses atrás e é redundante, apenas reafirma um procedimento usual.
Tanto Cunha como Chico Otávio tentam fazer tempestade em copo d’água.  
Será ranço por ter sido demitido da CNV? Ou talvez o jornalista deseje ter em sua biografia o mérito de ter sido causador da queda de um comandante do Exército. Obviamente isso é quase impossível de ocorrer, já que - para deleite de uns e ódio de outros - o General Enzo, ao que parece, muito mais submisso à Dilma Roussef do que muitos desejariam.
Robson A.D.Silva

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