16 de julho de 2015

Forças Armadas, jornada de trabalho, escolha de representantes. Alianças com políticos cariocas buscam experiências para a mobilização, organização e sucesso.



Os militares da polícia e corpo de bombeiros do estado do Rio de Janeiro foram bem sucedidos nas últimas empreitadas políticas. Eles possuem representantes em todas as instâncias do poder legislativo. No Rio eles possuem um deputado federal, deputados estaduais e um vereador, que é o bombeiro Marcio Garcia, do PR, mesmo partido do Capitão Augusto, líder do Partido Militar.

Os bombeiros e policiais, sem infringir nenhum regulamento, se mantém bastante ativos na questão política. Comparecem frequentemente a reuniões, telefonam e mandam mensagens para seus políticos a todo momento, insistindo para que apresentem projetos que solucionem questões ligadas aos regulamentos, salário etc. Essa semana foi apresentada ao governador Pezão uma proposta de modernização dos regulamentos, isso partiu dos próprios militares, por meio de seus representantes.


Os militares federais, por sua vez, ainda permanecem tímidos em relação a mobilização. A maioria acha, por pura tradição ou falta de esclarecimento sobre os regulamentos, que não pode participar de reuniões com candidatos ou até comparecer a locais públicos onde políticos apresentam suas propostas. Com isso acabam permanecendo de fora do processo decisório, ficando unicamente na dependência do Governo Federal no que diz respeito a suas principais demandas, que são salário e atualização dos regulamentos.

A liderança Carioca do PMB celebrou alianças com lideranças do PRB e PR. Na aliança com o vereador Marcio Garcia, do PR, busca-se, segundo os mesmos, um resgate de sua experiência à frente da articulação e mobilização política dos militares. 

Os militares das Forças Armadas no Rio possuem um efetivo bem grande, até maior do que somam os militares estaduais. Esses dois grupos unidos , na visão de Marcio Garcia e Gerson Paulo, sem sombra de dúvida poderiam, já em 2016, eleger Vereadores ligados à família militar, o que aumentaria bastante a chance de em 2019 colocar no Congresso Nacional alguns Deputados Federais também ligados aos militares estaduais e federais.

Segundo informam membros do Partido Militar, “está previsto para o próximo mês rodadas de palestras e debates em um evento chamado pelo mesmos de "Militares e Cidadania" onde temas como "militares na política" e "humanização da atividade militar" serão abordados. O Major Bombeiro e Vereador Márcio Garcia, representante dos Militares e Bombeiros no PMB-RJ, filho de um militar da Marinha, deve participar, trazendo seu conhecimento e experiência na conquista de direitos para a família Militar.

Gerson Paulo, presidente do PMB-RJ, deixou claro que acredita que atualmente as conquistas, mesmo para os militares, são alcançadas por via política.

Outro assunto a ser abordado é a possibilidade de especificação de jornada de trabalho máxima para os militares federais. Isso, na opinião de alguns, evitaria os freqüentes abusos de autoridade e “cerceamento do direito de ir e vir” causados por puro capricho ou má organização por parte de administradores militares. O que prejudica em muito o convívio familiar, faculdade etc. Obviamente a nova norma deve prever que haverá exceções em situações de emergência, calamidade etc. Nesses casos os militares terão que se dedicar exclusivamente, independente do período demandado, à manutenção da ordem pública ou auxílio à sociedade.

Após o evento deve ser elaborada uma proposta encaminhada pessoalmente pelo presidente do Partido Militar, Gerson Paulo, solicitando que o Deputado Federal Capitão Augusto, com sua equipe jurídica, trate dessa questão, apensando-a a sua proposta de jornada de trabalho para os Militares Estaduais. Para os Militares Federais talvez seja necessário uma PEC.

Revista Sociedade Militar / Com informações de Partido Militar – RJ.


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