3 de novembro de 2014

Como assim LOBÃO. E o Olavo como fica, ele é mesmo um CRETINO?


Nesse final de semana, por ocasião dos protestos ocorridos em São Paulo e diversas cidades do Brasil. Onde, de várias formas, a sociedade manifestava o repúdio contra a permanência do Partido dos Trabalhadores no controle do executivo nacional, diversas mídias enfatizaram os pedidos de Intervenção Militar que, não se pode negar, existiam em meio aos muitos outros pleitos.

O cantor Lobão, que estava no palanque no protesto na avenida paulista, e gritava, junto outras pessoas, palavras de ordem contra o PT, pedindo impeachment e uma auditoria nos registros da eleição recém realizada, foi mencionado nas redes sociais como suposto “instigador” de um novo golpe militar, ou intervenção das forças armadas.

Todavia. Em resposta a acusação, o cantor disse, em sua fanpage: “...vale a pena lembrar que , nunca , jamais em tempo algum , apoiei uma ditadura e sempre disse e continuo a insistir que qualquer ditadura é injustificável. Partindo desse princípio , não haveria a menor possibilidade de ter o meu nome associado a golpe militar , intervenção militar ou coisa que o valha. Isso é uma forma tão cretina de reagir como ainda acreditar que Cuba é uma vítima dos EUA e que é “cool” sair por aí impunemente de camiseta de Che Guevara...”.

Uma pausa pra falar bem. O cantor em questão realmente surpreendeu o país. O estigma de inconseqüente e “maconheiro” que carregou por anos já foi totalmente derrubado e agora o que se vê é um homem maduro, que apresenta uma visão bastante sensata do que tem ocorrido no Brasil, alie-se a isso a enorme disposição em lutar por um futuro melhor para a sociedade, sem medo do politicamente correto, imposto pela esquerda.
Lobão frequentemente se reúne com o filósofo Olavo de Carvalho para a realização de discussões online abertas ao público. O cantor se mostra um admirador do filósofo e nas conversas sempre pede conselhos sobre como proceder aqui no Brasil. Mas é aí que a coisa esquenta. Lobão diz que quem apóia intervenção militar é CRETINO e não tem moral para condenar qualquer ditadura, se referindo, implicitamente, às ditaduras cubana e venezuelana. Contudo, nesse ponto o cantor acaba por ir contra o filósofo Olavo de Carvalho, que é um apoiador da ação dos militares, veja a postagem abaixo, encontrada na fanpage de Olavo:



“...Posso pedir um favorzinho a vocês? Por favor, inundem todas as páginas de militares com esta pergunta... Se enviados do sr. Maduro, aliados do PT no Foro de São Paulo, estão abertamente treinando brasileiros para a guerrilha, que é que falta para as Forças Armadas entenderem que o governo brasileiro está em conluio com uma nação estrangeira CONTRA a soberania nacional?”
Olavo fez outra postagem, cáustica, que pode ser entendida como uma defesa de intervenção dos militares em favor da sociedade brasileira.
Se enviados do sr. Maduro, aliados do PT no Foro de São Paulo, estão abertamente treinando brasileiros para a guerrilha, que é que falta para as Forças Armadas entenderem que o governo brasileiro está em conluio com uma nação estrangeira CONTRA a soberania nacional?
Sim, as Forças Armadas não devem interferir, o Brasil tem uma democracia em perfeito funcionamento e tudo deve ser resolvido por meios legais. Em vez de incomodar os militares, os cidadãos, quando se sentem oprimidos pelo Foro de São Paulo, podem usar dos seguintes meios democráticos de ação: a) Votar em eleições controladas pelo TSE petista, quer dizer: pelo Foro de São Paulo b) Apelar a tribunais controlados pelo STF petista, quer dizer: pelo Foro de São Paulo. c) Pedir socorro a deputados e senadores que preferem antes matar a própria mãe do que dizer "Foro de São Paulo". Com todos esses meios à disposição, o povo tem de ser mesmo muito autoritário e fascista para preferir uma intervenção militar."
Acreditamos que, assim como Olavo de Carvalho, todos que acreditam que a soberania nacional é atualmente afrontada, têm o direito de pedir aos militares que entrem em ação. Contudo, não é algo plausível acreditar que isso vai ocorrer agora. Não por causa de uma ou duas manifestações com vinte mil pessoas. As Forças Armadas “pagam o pato” da ação realizada em 1964 até hoje. Militares como o Coronel Ustra padecem até hoje de liberdade relativa, manifestações são realizadas em frente à suas residências e frequentemente eles têm que arcar com custos de advogados para que possam se defender da enxurrada de acusações de tortura, desaparecimentos etc.

Robson A.D.Silva – Cientista Social.

Nenhum comentário: